terça-feira, 8 de junho de 2010

ADOLESCÊNCIA


ADOLESCÊNCIA

O que é adolescência?



Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais. Adolescência, uma etapa maravilhosa da vida, que muitos insistem em chamar de “aborrescência”. O começo de um despertar para um mundo novo, onde posso ser ator/atriz principal de minha vida, e por conseqüência adquirir a capacidade de poder mudar meu país. Ainda bem que eu encontrei meu espaço, ou melhor, lutei por ele, espaço esse em que posso participar. Geralmente nunca nos deixam participar e com isso aquela vontade natural de mudar o mundo é esquecida, ou melhor, dá lugar a um conformismo ou será inconformismo? E aí aquela ânsia de transformar muitas vezes é trocada pela única forma que encontramos de deixar a nossa marca (depredando orelhões, pichando, etc...) no mundo. Não podemos decidir sobre nossa vida, mas a vida acaba decidindo pela gente: Quando será a primeira vez? Já rolô! Usar camisinha? Não sei! Ih, não tenho agora! Conversar ou não com os pais? Ah eles não me entendem e nem vão me escutar mesmo. Participando a gente pode mudar isso, acredito em mim e em todos os adolescentes que tem essa vontade de mudar e criar um mundo melhor, com a nossa cara..

Quantos somos?

No mundo todo, hoje se estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes*, 21,84% da população total do país.


Como somos no Brasil?



1,1 milhão de analfabetos/as.

76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste.

2,7 milhões de 07 a14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária).

4,6 milhões de 10 a 17 anos estudam e trabalham.

2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham.

Desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.

VULNERABILIDADE E ADOLESCÊNCIAS


VULNERABILIDADE E ADOLESCÊNCIAS





Maria Teresa Machado Luz[1]
Psicóloga.



Ricardo de Castro e Silva[2]

Psicólogo Psicodramatista.





“A noção de Vulnerabilidade busca estabelecer uma síntese conceitual e prática das dimensões sociais, políticas - institucionais e comportamentais, associadas às diferentes susceptibilidades de indivíduos, grupos populacionais e até mesmo nações, à infecção pelo HIV e suas conseqüências indesejáveis”[3].



A grande pergunta para os profissionais que trabalham diretamente com adolescentes é: como fazer com que nossas intervenções realmente possam contribuir para que o e a adolescente consigam cuidar-se e prevenir-se de situações que coloquem em risco sua integridade e sua felicidade? E ainda por que para alguns adolescentes, mesmo participando de grupos e tendo acesso às informações sobre prevenção, não conseguem se cuidar e acabam tendo de enfrentar situações que podem constrangê-los.



Embora, estar vulnerável a alguma situação seja próprio do ser humano, só muito recentemente este conceito foi retomado, ajudando a clarear os objetivos e contribuindo na estruturação, realização e avaliação do trabalho junto a adolescentes.



A definição colocada acima, por Ayres, tem sido utilizada por nós, profissionais de diversas áreas, no trabalho de prevenção às DSTs/Aids. Na verdade essa definição vem sintetizar uma idéia que já vem sendo desenvolvida há algum tempo e que hoje passa ser a questão central: o reconhecimento da diversidade humana e, como decorrência, a necessidade do reconhecimento da diversidade própria nas adolescências.



Traduzindo, podemos dizer que a vulnerabilidade vem confirmar e de certa forma, institucionalizar a visão de homem, que deverá sempre permear nossas ações educativas - o homem plural, construído na sua diversidade.



Na prática, significa que não podemos mais pensar a prevenção a partir de um único referencial, de uma idéia de universalidade de sujeito, que não existe. Somos diferentes: homens, mulheres, pobres, ricos, crianças, adultos, brancos, negros, adolescentes, jovens, brasileiros, europeus, do norte, do sul e assim por diante. Diferenças estas que são construídas e mantidas por mecanismos sócio-históricos, o que significa que estão em constante mudança.



Passamos por épocas nas quais outros conceitos foram criados e institucionalizados, como grupos de riscos e comportamento de risco. Hoje, o conceito da vulnerabilidade marca uma nova etapa nessa trajetória. Estamos nos distanciando de uma compreensão limitada dos mecanismos da contaminação, passando a compreendê-la de forma mais real, mais coerente, menos influenciada dos preconceitos que marcam nossa cultura.



Em relação aos adolescentes, o que o conceito da vulnerabilidade traz de novo? Em primeiro lugar, nos remete à seguinte questão: quando falamos do adolescente, estamos falando de quem?



Perguntando de outra forma: qual o conceito de adolescente que está presente no momento em que o defino?



· Etapa entre a infância e adolescência?



· Um homem do futuro?



· Época de rebeldia com o mundo adulto?



· Época de luto por tudo o que está perdendo?



- Qual a imagem que tenho?



· Aborrescente?



· Irresponsável?



· Responsável?



· Violento?



· Irreverente?



· Sadio?



· Inocente?



· Sacana?



· Criativo?



Um segundo movimento, que o conceito de vulnerabilidade traz, é começarmos a olhar o “ao redor, o em volta” deste e desta adolescente:



· Como vivem estes e estas adolescentes?



· Estudam? Trabalham? Comem? Divertem-se? Têm amigos? Como moram? Quem são as pessoas de sua família? Que visão têm de mundo, de Brasil, de futuro?



Estamos falando das adolescências, e não mais da adolescência. Essa postura, que devemos adotar, reconhece a pluralidade da adolescência e não mais a idéia da universalidade.



As adolescências são delimitadas, portanto, definidas por aquilo que está ao redor, pela sua realidade.



Uma terceira e talvez última questão, que norteia o conceito de vulnerabilidade é a forma como esses homens e mulheres adolescentes vivem sua sexualidade e, aí, entramos na área dos valores, conceitos, pré-conceitos e vivências, de cada uma dessas pessoas .



· Transam? Com quem? Por quais razões? Não transam?



· Como o vemos e, portanto, como o tratamos? Pessoas sexualizadas, assexualizadas?



· Com qual visão de sexualidade trabalhamos junto a esses homens e mulheres adolescentes? Direito ao prazer com responsabilidade? Vivência perigosa que poderá levar a problemas como a gravidez, DSTs, e outros?



Trabalhar com o conceito de vulnerabilidade é passar a fazer perguntas a respeito do sujeito sobre o qual estamos falando. Perguntas nas três dimensões definidas no conceito: social, política, institucional e pessoal.



E aí, vamos conhecer as inúmeras questões que podem aumentar o grau de vulnerabilidade do e da adolescente:



· Questões de gênero - relações desiguais de poder entre homens e mulheres;



· Condições de vida;



· Condições de Saúde;



· Acesso ou não à informação;



· Possibilidade de reflexão sobre diversas questões que perpassam sua vida, inclusive as questões de sexualidade;



· Relação que estabelece com a vivência do prazer e do desprazer em sua vida;



· Falta de políticas públicas em Saúde e Educação para os e as adolescentes brasileiras;



· Falta de serviços de saúde adequados para adolescentes;



· Falta de participação do adolescente no planejamento, execução e avaliação de ações, planos e políticas de saúde e educação;



· Tirar o e a adolescente do lugar de ouvinte e mero expectador do mundo, e colocá-lo no lugar de autor, realizador e criador de ações no mundo.



Sem dúvida, possibilitar que toda essa estrutura funcione positivamente vai favorecer que o/a adolescente possa conhecer-se melhor, para reconhecer-se como sujeito de sua história pessoal e social. O que significa valorizar-se como pessoa, importar-se consigo mesmo para poder relacionar-se com seus pares, ver-se ativo e responsável por sua trajetória, por prevenir-se de situações que possam prejudicar seu desenvolvimento dando passos que o ajudem a crescer sem perder-se de si mesmo, ao mesmo tempo em que possa ver no outro a possibilidade de complementar sua felicidade.



Lugar de adolescentes, a escola poderia servir de porto-seguro para que o adolescente, ao gostar de conhecer, pudesse encontrar prazer em aprender e, assim, ver-se como pessoa participante de um mundo cientificamente organizado, com uma história e uma cultura própria; e conseqüentemente, também como autor e ator deste processo. Ser parte integrante dessa organização social pode ser o caminho para que o adolescente, tendo seus direitos preservados, fique menos vulnerável aos apelos da sociedade para afastar-se de si, alienar-se de sua condição de sujeito e ver-se como objeto fácil de consumo certo de produtos que “engole” sem nem saber o porquê. Entenda-se aqui por produtos, não só aqueles comprados legalmente nas casas comerciais como as drogas ilícitas, os valores, o uso do corpo e a ideologia de que adolescente só serve para atrapalhar, que é “aborrescente”, que é a idade do guarda-roupa.



São os adultos os responsáveis por, ao excluir o adolescente de sua função na sociedade, colocá-los mais vulneráveis a toda sorte de exposição, facilitando que as DSTs/Aids realmente sejam ameaças muito próximas de suas vidas.

Você Quer se Abençoado Por Deus, Vem Receber o Que Deus Tem Para Você Então Vem Para o Livres.

sábado, 1 de maio de 2010


No Brasil, o tráfico de drogas começa mais cedo. Com os jovens que entram na onda do tráfico de drogas.
Alguns deles entram no tráfico de drogas para ganhar dinheiro e acabam ficando viciados. Por causa do vício começam a roubar na casa do seus próprios pais. Quando acabam com o dinheiro deles, começam a roubar os vizinhos. E quando não conseguem mais sustentar seu vício só com o pouco que roubam dos vizinhos, saem pelas ruas roubando e até matando.

Existem jovens que entram no tráfico, pois não têm apoio dos pais em casa. Então, eles saem pelas ruas e encontram apoio dos traficantes mais velhos.



Jociléia Lima de Sousa

Postado por Oitava B às 09:28 0 comentários
OS JOVENS NAS DROGAS

Muitos jovens e crianças, desde cedo, começam a usar drogas:
Fumar cigarros e, às vezes, fazer isso por influência
Dos amigos; ou, então, por verem alguém fazendo e querem fazer igual.
Existem pessoas que roubam, que matam por causa da droga. Ela causa muitas coisas
na vida do ser humano. É algo que, quando a pessoa começa a usar, é
Muito difícil de ela sair dessa vida.
Só espero que essas pessoas tenham consciência do que fazem, porque isso não vai
Levá-las a nada, só traz desgraça na vida das pessoas.
Tem pessoas usam drogas só pra fugir dos problemas e eu acho isso errado. Eles tinham que resolver seus problemas sem precisar usar drogas.
Existe pessoas que assalta por não ter dinheiro pra comprar drogas e isso vira um vício na vida da pessoa que consume a droga.
Juliane Fernanda Reis Leite

Postado por Oitava B às 09:17 0 comentários
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Juventude e o tráfico de drogas

Muitos jovens começam a usar drogas desde cedo. Alguns aprendem a usar com os pais, ou com as companhias. Tem pais que apóiam os filhos a fumar, a beber cerveja, a usar maconha e cocaína.Quem usa droga todo dia corre risco de morrer. Ela também faz a pessoa ficar feia e fraca com o rosto mais velho.
Muitos, enquanto não fumam, não acalmam. A pessoa vai se viciando toda vez que fica estressada. Ela tem que fumar ou beber, para acabar com o estresse. Muitos jovens roubam para comprar maconha, cigarro e cocaína. Alguns deles vão presos, outros fogem e alguns largam da droga e vão trabalhar é assim que deveria ser o jovens que fumam ou cheiram cocaína.


Ariane Cristina Silva Campos
Postado por Oitava B às 10:49 0 comentários
O Mundo sem Volta

Muitos jovens entram no tráfico por falta de trabalho, ou para fugir da realidade. O tráfico de drogas já matou mais 70 meninos e meninas só este ano, em São Paulo. Hoje é muito grande a participação de crianças e jovens no tráfico, entre 8 e 18 anos.
Mas não são apenas as drogas ilegais, mas os jovens que tomam cerveja pra tomar coragem e chegar a uma garota. Tem também os cigarros, que prejudicam e causa dependência. Hoje em dia, a vara da infância e da juventude conseguiu reduzir bastante mortes de crianças e jovens.
Muitos jovens vão para o tráfico pela influência de “amigos” da escola e, quando entram nesse mundo, já não saem mais. É difícil sair, pois muitos jovens estragam sua vida por causa das drogas, muitos jovens e crianças entram para ganhar dinheiro fácil e acabam ficando sem saída.


Edimo José Omena Jales
Postado por Oitava B às 09:38 0 comentários
O Jovem e o Tráfico de Drogas

A DROGA tem trazido muitos problemas para milhares de famílias.

É um vício que tem destruído muitas vidas e sonhos que deixam de se realizar antes mesmo de começar.
Muitas famílias acabam se desestruturando por causa das drogas.
Muitas vezes, pessoas que não têm nada a ver com o vício de algumas pessoas da família, acabam perdendo a vida por causa de suas dívidas.
É muito triste saber que existem milhares e milhares de jovens que estão viciados, se acabando sem, ao menos, aceitar ajuda, ou admitir que precisam de ajuda.
Não se dão conta do desespero de seu pai e de sua mãe querendo ajudá-los e a pessoa dizendo que não está doente que não precisa de ajuda.
A droga só leva à perdição. Quando a pessoa não acaba preso, acaba morrendo na mão de traficantes, ou, até mesmo, de overdose.

Maria Gonçalves
Postado por Oitava B às 09:18 0 comentários
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Drogas e Juventude



Cada vez mais, jovens começam a usar drogas.
Uns começam a traficar para ajudar seus pais e acabam viciados. Não ganham nenhum dinheiro e ainda ficam devendo para o “patrão”. Muitas vezes, quem acaba se ferrando são os pais que já não têm dinheiro para se sustentar e agora têm que pagar o dinheiro que o filho está devendo, ou seu filho morre. Qual pai quer que seu filho morra?
Outros jovens começam a usar drogas, porque não têm carinho em casa, outros começam porque seus amigos usam e quer se mostrar para o grupo e acabam viciados.
Acho que, se os pais dialogassem mais com os filhos, não haveria tantos jovens viciados.
Reginaldo Roberto Lacerda Gonçalves
Postado por Oitava B às 13:20 1 comentários
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Excesso de Beleza

Hoje em dia a maioria dos jovens, adolescentes, é obcecada por beleza.
E isso faz com que as pessoas fiquem até doentes e isso não é normal, porque, se eles deixarem se levar por essa epidemia, acabarão enlouquecendo de vez. A vaidade tomou conta dos jovens e dos adolescentes. É muito triste ver os jovens de hoje passando por tudo isso. Eles deixam de se preocupar com outros tipos de coisa como: sua educação e futuro para só se preocuparem com a beleza. Assim, não vão a lugar algum. Simplesmente irão perder várias oportunidades.
Vem o consumismo, o individualismo e o comodismo.
Jovens comuns fazendo de tudo para parecer como celebridades: seres anoréxicos e fúteis quase inumanos são apresentados como padrão de beleza e sucesso.
E até existem jovens no Brasil que vive por conta da beleza e não consegue ter uma vida normal. Acabaram se desvalorizando a si próprios.
Só espero que esses tipos de pessoas “adolescentes” tenham consciência do que estão fazendo.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Adolescentes e as Drogas



Segundo a Organização Mundial da Saúde, "droga é toda a substância que, introduzida em um organismo vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções". É entendida também como o nome genérico de substâncias químicas, naturais ou sintéticas, que podem causar danos físicos e psicológicos a seu consumidor. Seu uso constante pode levá-lo à mudança de comportamento e à criação de uma dependência, um desejo compulsivo de usar a droga regularmente, ao mesmo tempo que o usuário passa a apresentar problemas orgânicos decorrentes de sua falta.

Quando falamos em drogas, devemos também ter em mente a existência de algo que atenua o sofrimento psíquico ou que é capaz de proporcionar prazer, mesmo que temporário e artificial.

Sabe-se que as drogas não são uma descoberta do nosso século. Elas sempre existiram em inúmeras culturas, sendo que a única diferença que existe hoje em dia é a ênfase dada pela lei, diferenciando as drogas lícitas (cigarro, álcool, medicamentos), que pagam impostos, das ilícitas (maconha, cocaína, crack, ecstasy, entre outras). Do ponto de vista médico, porém, esta diferença não existe.

Segundo INABA & COHEN (1991), a maneira mais prática de classificarmos as drogas psicoativas vem dos próprios usuários, que as distinguem por seus efeitos globais, ou seja : os estimulantes, os depressores, os alucinógenos e os inalantes ou solventes. Destacam também, que estas drogas entram no organismo por via oral, sublingual, contato, inalação, aspiração ou injeção.

Embora a ONU estime que hoje existam 180 milhões de usuários no mundo, envolvendo tanto as drogas consideradas lícitas como as ilícitas, existem ainda vários preconceitos e estigmas em torno do tema e de seus usuários, bem como uma desinformação sobre os fatores que levam ao uso ilícito destas substâncias e que fazem com que ora seus usuários sejam vistos como doentes ou vítimas da sociedade, ora como maus elementos ou criminosos. Só complementando, vale lembrar que o Brasil ocupa o 4º lugar entre os consumidores de psicotrópicos do mundo.

Mas será que este aumento de consumo está ligado ao adoecimento de nossa sociedade? Serão os fatores genéticos que predispõem o indivíduo a sua utilização? A drogadicção seria uma doença? É algo estrutural? Existiria um psicodinamismo comum a todos usuários? Qual seria a gênese da dependência química?

Alguns teóricos afirmam que, na adicção, o indivíduo perde sua liberdade de escolha diante de um objeto específico, predominando uma ação impulsiva e irrefreável em relação ao mesmo. Na toxicomania, esse objeto é a droga, e a ação impulsiva é o seu consumo. Aqui, o aparelho psíquico parece atuar às cegas na procura da descarga de uma pulsão, tendo o objeto em si um valor secundário.

Estudos retrospectivos, embasados na teoria psicanalítica, apontam para traços comuns aos indivíduos adictos, tais como oralidade, narcisismo, perversão e mecanismos maníacos. Outros ainda, realizados com base no Método Rorschach, comprovam a existência de traços estruturais comuns ao usuários de maconha e cocaína, enquanto estudos prospectivos, denotam que nem sempre a existência destes traços personalógicos são suficientes para determinar a manifestação, isto é, levar o indivíduo a tornar-se ou não um drogadicto.

Sendo assim, concluímos que embora os traços estruturais estejam presentes, levando o indivíduo a uma predisposição, é o psicodinamismo particular de cada um que determinará o uso ou não de certa substância. Vale ressaltar aqui, que este psicodinamismo sofrerá influências biológicas (genética, hereditariedade), dos fatores pessoais (fase evolutiva que o indivíduo se encontra e os sofrimentos físicos e psíquicos aliados a uma baixa auto-estima) e sócio-culturais (influência da comunidade, disfunção familiar, cultura, época histórica, interesses políticos e econômicos, entre outros).

Se tomarmos como base pesquisas realizadas nos EUA ( da Drug-Free of América) e Europa (do grupo antidrogas Release), constataremos que 25% das crianças norte americanas entre 9 e 12 anos já experimentaram a maconha, enquanto 97% dos jovens freqüentadores de clube noturnos na Inglaterra consomem maconha, cocaína, ecstasy ou anfetaminas. Estudos realizados no Brasil pelo Hospital das Clínicas da USP revelam, que inúmeros são os fatores para que o adolescente seja considerado uma população de alto risco para o consumo de drogas, apontando que a maioria desses jovens começa a ter contato com estas substâncias quando entra na adolescência e começa a definir suas amizades. Isto porque, é justamente neste período, que ele está passando por uma transformação física e mental que poderá gerar maior ou menor sofrimento psíquico, de acordo com o contexto onde ele estiver inserido e de suas características individuais.

À procura de sua identidade, o adolescente torna-se uma presa de fácil manipulação, tanto a nível grupal, como pela mídia, a qual estimula, por exemplo, o uso do álcool e do tabaco, apresentando-os como sinônimos de status e sucesso.

Não podemos nos esquecer, porém, que o incentivo às drogas pode ocorrer dentro do próprio seio familiar, seja pelo uso compulsivo de medicamentos pelos pais, que lhe ensinam subliminarmente que existem substâncias químicas que atenuam a dor e o sofrimento, seja pela cultura alcoólatra ou tabagista pregada dentro do próprio lar.

É comum também nesta fase, o adolescente apresentar um sentimento básico de solidão e sair a busca de algo que preencha este vazio, sentimento este que pode advir de uma época de carência afetiva de sua infância, de sua relação com os pais ou de suas próprias vivências.

Sabe-se que, atrás da compulsividade que leva à dependência, há um desejo a ser saciado, uma vontade de ser amado, de ser reconhecido, uma dor a ser esquecida, uma maneira de desligar-se da realidade indesejável.

Apesar dos fatores constitucionais terem grande influência sobre uma maior ou menor impulsividade e/ou sensibilidade afetiva, a presença da família é indispensável no combate e prevenção às drogas.

Numa sociedade permeada por crises financeiras, estresse, onde o "ter" é mais valorizado do que o "ser", é fácil encontrarmos uma estrutura familiar totalmente fragilizada, onde os pais, tentando compensar sua ausência, acabam confundindo liberdade com permissividade.

Embora, eu sempre reforce que não importa a quantidade de tempo que os pais possam dispor aos seus filhos, mas sim a qualidade desta relação, observa-se que o jovem, hoje em dia, adquire sua liberdade precocemente, ficando cada vez mais sozinho grande parte do dia, tendo que agir por si próprio. Muitas vezes, sem limites e parâmetros, tenta atrair a atenção dos pais das mais diversas maneiras, pois sente-se solitário e sem reconhecimento.

Estar atento a alguns sinais é primordial, antes que seja tarde. Apesar das mudanças de comportamento serem comuns nesta idade, mudanças radicais de personalidade não o são. É necessário que os pais assumam sua responsabilidade perante a educação dos filhos, ao invés de apenas delegá-la à escola, à igreja ou outras instituições sociais. Conferir o ambiente e as amizades sem despertar a desconfiança, valorizar o jovem conversando sobre diversos assuntos pedindo sua opinião, dar responsabilidades, estipular horários e ressaltar suas qualidades são atitudes importantes a serem consideradas.

De qualquer forma, alguns adolescentes procurarão as drogas como um meio de fuga para seus problemas afetivos, outros o farão pela simples curiosidade ou necessidade de filiar-se ao grupo. Em todos os casos é necessário reforçar que o maior prejudicado é ele próprio.

Neste sentido podemos dizer que, a maconha, considerada por muitos inofensiva, oferece os mesmos riscos que o álcool, podendo provocar dependência, problemas mentais (psicose,depressão, paranóia, pânico), comprometimento no trabalho e no estudo, devido à diminuição da capacidade de se concentrar e memorizar. Além disso, intensifica os problemas respiratórios, causa ansiedade e é responsável pelo aumento da violência, suicídio e acidentes. Já a cocaína e o crack provocam diminuição do apetite, perda de peso, insônia, tremores e convulsão, além de freqüentes estados de irritabilidade, inquietação, agressividade e depressão. Diminuem também a coordenação motora e podem causar ataque cardíaco e derrame cerebral. A overdose mata.

Mas, se temos elementos estruturais que predispõem o indivíduo a utilização das substâncias psicoativas, fatores psicodinâmicos que sofrem influências biológicas, pessoais e sócio-culturais, como podemos auxiliar o adolescente a parar de consumir a droga?

É sabido que a contenção, o afastamento, a vigilância, o acompanhamento terapêutico e a internação têm um poder limitado, se não vierem acompanhados de um trabalho sobre a vontade e o desejo que se tornou necessidade da pessoa adicta e que esta não é uma tarefa fácil, nem sob o aspecto clínico, nem social, pois o perigo não vem de fora, do objeto, droga em si, nem propriamente de dentro, mas sim da inversão potencial da relação sujeito-objeto, a partir da qual se crê encontrar vida na coisa, quando o que há é um objeto semimorto e um indivíduo semivivo.

Sendo assim, o que devemos prevenir é o uso indevido e não a droga em si, evitando o estabelecimento de uma relação destrutiva do indivíduo com a droga, levando em consideração as circunstâncias em que ocorre o uso, para qual finalidade e o tipo de relação que o indivíduo tem com ela.

Na intervenção as propostas têm que preconizar a valorização da vida e a capacidade que o indivíduo tem, através de sua vontade de modificar a si e ao meio.

Entre os tipos de tratamento mais comuns encontraremos grupos de auto-ajuda, terapias psicológicas e, em casos mais graves, a internação torna-se necessária.

No que tange às terapias psicológicas, estas vão ser de vital importância, pois atuarão nos valores pessoais, auto-estima, filosofia de vida, no estabelecimento de vínculos mais positivos com a família e a sociedade em geral e com a mudança da postura do indivíduo perante a droga levando-o, desta forma, a uma maior compreensão sobre o seu vício.

Completando, pode-se dizer que, na verdade, não existe um tratamento miraculoso. Cada estratégia tem que ser personalizada, pois o ser humano é complexo. Nós podemos mostrar-lhe o caminho, mas não podemos caminhar por ele.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Assassinato de Adolescentes


[Fortaleza] Carta Repúdio ao assassinato de adolescentes
Por CEDECA - Ceará 26/07/2006 às 12:27


Quatro vítimas foram assassinadas em circunstâncias semelhantes, por homens encapuzados, fortemente armados, em motocicletas. Foram disparados dezenas de tiros e a fuga foi imediata.

Carta aberta

Desde o último dia 17 de julho, Fortaleza vive momentos extremamente difíceis e de uma violência rara. Aquele dia foi marcado por duas execuções sumárias que se seguiram ao assassinato de um policial militar integrante de um grupo especial, o GATE. Três dias depois, após o assassinato de outro policial, em Fortaleza, o 11º este ano, mais execuções: outras duas pessoas supostamente envolvidas na morte do PM foram mortas.

As quatro vítimas foram assassinadas em circunstâncias semelhantes, por homens encapuzados, fortemente armados, em motocicletas. Foram disparados dezenas de tiros e a fuga foi imediata.

Duas vítimas, adolescentes. Um deles se encontrava abrigado na Unidade de Recepção Luis Barros Montenegro, da Secretaria de Ação Social do Estado Ceará, destinada à custódia de adolescentes a quem se atribui a prática de ato infracional, e que estão aguardando audiência de apresentação. O crime aconteceu às 20h de 17 de julho, e por volta das 22h um adulto foi morto no interior de sua casa. Sob os dois pesava uma suspeita não oficial de serem os responsáveis do assassinato do policial do GATE.

Diante da gravidade desses fatos, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, em sua sessão ordinária do dia 18, realizou uma coletiva de imprensa com a presença de várias entidades da sociedade civil que, por sua vez, manifestou aos meios de comunicação sua posição.

Apesar de toda a repercussão, outros dois assassinatos ocorreram em circunstâncias parecidas, na mesma semana, o que se constitui em uma afronta à sociedade cearense, à Polícia, ao Judiciário e ao Estado Democrático de Direito, a quem compete investigar, julgar e punir.

O primeiro desses assassinatos, contudo, traz consigo agravantes, inicialmente por se tratar de um adolescente, apreendido sob tortura, ameaçado publicamente mas sobretudo por ter sido executado barbaramente dentro de um equipamento público, incontinenti ao anúncio de que seria suspeito do assassinato.

Não bastasse tudo isso, pessoas ligadas a instituições de defesa dos direitos humanos, como o Cedeca-Ceará e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB, receberam ligações anônimas, com ameaças. Na primeira ligação, no dia 19, recebida por uma das assessoras jurídicas do Cedeca-Ceará, um homem anunciou que mataria o terceiro suspeito até sábado (22), pois já sabia onde ele estaria, além de expressar uma série de opiniões preconceituosas ao trabalho dos defensores de direitos humanos. Outra ligação, destinada à OAB, ameaçava de morte um de seus advogados.

Acreditamos que este caso não pode ser visto como um fato isolado, mas que representa a incapacidade do Estado de não prevenir a execução sumária, arbitrária e extrajudicial, a formação de esquadrões da morte e grupos de extermínio. Tais práticas atingem também adolescentes, quase todos os dias. O que causa maior indignação é a não rara presença de policiais nesses esquemas, sendo possível enumerar a Chacina do Pantanal, em 1993, e o grupo de extermínio cujas evidências ligam à Farmácia Pague Menos a partir de 2000, entre tantos.

O Cedeca-Ceará lamenta todas as mortes ocorridas, de ambos os lados, e se solidariza com as famílias nesse momento de tanta dor. E, assim como toda a sociedade, espera que o Estado do Ceará responda por essa situação, levando a investigação até às últimas conseqüências e tome providências que inibam a ação de grupos de justiceiros no Estado. Não podemos admitir tamanho retrocesso na evolução da humanidade, com a Justiça sendo confundida com vingança feita pelas mãos de quem quer que seja.

Apesar das ameaças, o Cedeca-Ceará reafirma o compromisso na defesa intransigente dos direitos humanos de crianças e adolescentes e o não recuo em suas práticas e em suas crenças.

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente ?
Cedeca-Ceará

Adolescente


adolescente mais gorda do mundo
[14-08-2008]
Georgia Davis pesa 210 kg com somente 15 anos de idade, o que lhe conferiu o indesejável título de adolescente mais gorda do mundo. Ela iniciou-se ainda bem novinha, aos 5 anos, no processo de comer em excesso quando seu pai acabara de falecer. Ela sempre teve este aspecto "rechonchudo" no rosto e hoje não pode dar mais que 2 passos sem ter que parar e respirar profundamente.


A cama e o colchão de Georgia foram feitos sob encomenda e ela é proibida de freqüentar a lanchonete e o restaurante da escola pela singela razão de comer tudo o que vê, e o que não também, pela frente.

- "É como uma droga. Algumas pessoas escolhem a heroína mas optei pela alimentação e ela esta me matando. Os médicos disseram-me que minha respiração pode falhar a qualquer momento", diz a menina. Para evitar isto ela irá participar de um acampamento onde a meta das pessoas que freqüentam é perder gordura e conseqüentemene peso. A menina pretende perder pelo menos 100 kg em seis meses.


A alimentação básica diária de Georgia inclui dois pães de batata fatiado, dois pacotes de bolachas recheadas, dois pastéis de chocolate, doze sanduíches, cinco litros de coca, bife com lasanha e pacotes e pacotes de salgadinhos. Sua ingestão diária ronda próximo as 14000 calorias enquanto a de uma jovem normal de 15 anos de idade bem alimentada é de no máximo 2000 calorias.

Muitos aqui já vivenciaram em épocas tenras da sua vida o elogio mais sincero e caloroso de mamãe:

- "Mais que lindo meu menino está, buchecha rosada... goidinho lindo da mamãe...", "... a pequena Tiburcina está tão gordinha, boniiita!!!"

Houve época em que ser gordo era bonito, sinal de bem alimentado, de saúde. Muitas pessoas persistiram neste erro, o de alimentar mal os filhos. Daí surgiu a "geração coca-cola" e mais tarde a "refrigereco com salgadinhos". Hoje em dia a criança já nasce com os olhos vidrados num pacote de "sagadinhos".

O resultado não podia ser outro e enquanto não surgir um bom programa de realimentação alimentar salutar ao corpo permanecerá grande o número de adolescentes indo para a escola "rodando".

terça-feira, 27 de abril de 2010

Os Adolescentes Mas gatos do Mundos

Aqui Está os Adolescentes

Mais Gato do Mundo

voltada Pela as Galeras

no GooGle

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ADOLESCÊNCIA - UM FENÔMENO CONTRADITÓRIO

Atualmente se fala muito em adolescência, em crise adolescente. As tentativas de lançar luz sobre o fenômeno trazem consigo uma infinidade de questões, atuais e complexas, que envolvem, sobretudo, os jovens de nossa sociedade. É comum relacionarmos adolescência com drogas, sexo, educação, problemas de imposição de limites, violência, delinqüência, etc. Mas afinal! O que significa adolescência? É possível uma determinação consensual a respeito desse conceito? Podemos pensar a adolescência hoje como pensávamos tempos atrás?

Existe, na literatura especializada, uma vasta bibliografia que busca definir o fenômeno da adolescência, contudo, nela encontramos inúmeras reflexões que apontam para controvérsias passíveis de debates e questões interessantes.

Muitas tentativas de resposta já foram produzidas, porém, nenhuma delas conclusiva. Etimologicamente falando, adolescência provém do verbo “adolescerê”, que significa brotar, fazer-se grande. Em geral, acredita-se que o fenômeno da adolescência é um processo de mudança que marca a passagem da infância para a fase adulta, esse processo é sinal distintivo das sociedades consideradas menos evoluídas, pois, em inúmeras tribos, podemos identificar ritos de passagem que denotam esta operação definitivamente.

Com efeito, mesmo em termos de idade, não existe um consenso determinando o período exato de duração da adolescência. Mesmo assim, vários autores preferem concordar com a idéia de que a fase adolescente inicia depois da infância, por volta dos 12 (dose) anos e termina por volta do 18 (dezoito). Em termos de lei, semelhante à posição anterior, levando em conta o estatuto da criança e do adolescente, adolescência seria o período de vida que dura entre – aproximadamente – 12 (dose) anos e os 18 (dezoito) anos de idade. Essa afirmação pode até ser interessante em termos de lei, porém, não é nada esclarecedora para os profissionais que lidam com adolescentes, exatamente pela complexidade e pelas controvérsias importantes que são apresentadas pelo referido fenômeno.

O que se verifica é uma verdadeira indefinição sobre o conceito de adolescência. Encontramos posições que são diversas das primeiras, são posições de autores que não privilegiam a idade como um critério exato e rígido que determinaria o referido período, para eles, a adolescência não é uma fase natural do crescimento humano, ela diz respeito a um processo cultural, assim referida, pode ser considerada como um fenômeno moderno que, aliás, surgiu e se desenvolveu nos E.U.A a partir do início do século XX. Essa posição, que também pode questionada, propõe uma compreensão da adolescência como uma invenção da modernidade. Atualmente verifica-se uma tendência em concordar com essa idéia, outros autores, todavia, preferem concordar apenas em parte.

O psicanalista Francisco Settineri (1999), tratando da “adolescência como posição subjetiva”, é um dos que fazem parte desta última categoria. Em seu texto, apresenta um dado esclarecedor sobre o que estamos tratando, sobretudo, quando identifica, outrora, preocupações dos pais em relação aos jovens. Destarte, aponta como referência a Comédia “As nuvens”, de Aristófanes, lembrando que, na primeira encenação data 423 A. C., logo no inicio do texto, pode ser identificada a queixa de Strepsíades a respeito de seu filho Fidípides, quando este passa a contrair dívidas em que seu pai, deveras preocupado, terá que pagar para sustentar os caprichos do filho. Fidípides gasta com cavalos, cocheiras. O Pai reclama: “coitado de mim, não posso dormir atormentado pelas despesas contraídas por meu filho (...). [ele exibe] “sua longa cabeleira (...) guia um carro, sonha com cavalos, enquanto eu estou minguando ao ver a lua trazendo os dias dos vencimentos, ao mesmo tempo que as dívidas e os juros se amontoam” (Ibidem., 999, p. 169)

O fato é que a preocupação com os filhos jovens, embora diferentes das de hoje, é milenar, portanto, a adolescência, vista nesta perspectiva, não pode ser considerada como um fenômeno exclusivamente moderno ou pós-moderno. Outrora, a adolescência, embora não sendo apresentada enquanto processo de mudança ou fase que a determinasse, alguns comportamentos eram marcadamente e, até certo ponto, determinantes dos homens jovens. A crise na adolescência como a entendemos hoje, naquele período, não era referenciada.

Voltando ao nosso tempo, uma primeira ressalva: claro está que as características físicas e biológicas devem ser consideradas enquanto “marcas” de transição entre a vida infantil e a adulta, o que não significa dizer que a determinação da fase adolescente seja definitivamente e exclusivamente reconhecida por intermédio da idade e pelas alterações orgânicas. Para se pensar em adolescência, é preciso considerar, de modo especial, os aspectos psicológicos, fatores sócio-culturais, cognitivos, etc. Outrossim, é preciso pensar no contexto, ou seja, refletir sobre o mundo - o cenário - em que o jovem está inserido.

Na verdade a adolescência deve ser pensada em três condições: enquanto desenvolvimento biológico do indivíduo, aspectos psicológico, social e cultural.

Adolescência e crise

O psicanalista francês Charles Melman (1996) nos lembra que a noção de crise associada a esse período de transição se encontra essencialmente em nossa cultura. Ele afirma que “não há nenhum sinal dela, enquanto crise psíquica, nos textos das culturas gregas e latinas, onde seria um simples período de introdução a vida social”. A crise psíquica - na adolescência - como um processo de transição entre um mundo (infantil) e outro (adulto), pode ser assinalada como um fenômeno característico das sociedades pós-industriais capitalistas. Nelas, não encontramos ritos de passagem responsáveis pela demarcação de uma fase e outra. A ausência de cerimônias reguladoras, verificadas em sociedades menos evoluídas do que a nossa, certamente, favorece a crise psíquica que conhecemos na fase adolescente.

A crise na adolescência, identificada, então, nos jovens de nossa sociedade, seria determinada em razão de uma sociedade industrial tecnicamente desenvolvida, já que, existem inúmeras dificuldades, as quais os jovens terão que se deparar e enfrentar para que possam ingressar no mundo dos adultos (do trabalho), deste modo, exercer seu poder de sustento básico, se for o caso, instituir família, responder por seus atos como cidadão adulto. Logo, alcançaria uma posição de certa liberdade e autonomia pela possibilidade de ter seu emprego, salário, etc, o que significa, teoricamente, não depender mais financeiramente de seus Pais.

Na verdade, porém, as sociedades modernas - ou pós-modernas - tornaram-se complexas, assim, os jovens precisam, cada vez mais cedo, qualificar-se para o mercado de trabalho que, aliás, vem se tornando cada vez mais técnico e exigente.

Levando em conta o cenário em que vivemos, o jovem de nossa sociedade, sendo sensível aos acontecimentos, percebe e sente, como ninguém, a(s) crise(s) da qual (nós adultos, também) vivemos; seja ela de valores, educacional, ética, moral, econômica, política, etc. Outrossim, dentre outras coisas, percebe e vivencia a violência cotidiana, muitas vezes banalizada, o individualismo e consumismo exacerbado, a problemática das drogas, o stress de cada dia e o desemprego.

Em última análise, num País como o nosso, em que muitas crianças ingressam demasiadamente cedo no mundo do trabalho, essa questão merece ser considerada. As referidas crianças das quais estou falando, diz respeito a uma grande parcela de crianças brasileiras que vivem em condições precárias, miséria, são elas, muitas vezes, que auxiliam na sobrevivência de suas famílias, são pequenos trabalhadores braçais. Por todas as implicações, efeitos e conseqüências que esta situação suscita, essas crianças não sofrem crise psíquica, característica da adolescência. Portanto, levando em conta as questões acima referidas, questiona-se: no mundo em que vivem essas crianças, existe adolescência? Existe fase característica que determina a passagem do mundo infantil para o mundo adulto? De qual adolescência a maioria das teorias tratam?

domingo, 25 de abril de 2010

PALAVRAS DE UM ADOLESCENCIA

A ADOLESCENCIA E UMA FAZE QUE APREDEMOS VARIAS COISAS
COMO O PRIMEIRO BEIJO QUE VAI TIRA O BV DE CADA E DEPOIS VEM A RELAÇÃO
COM A PRIMEIRA MULHER OU NAMORADA E ENTRE OUTRAS COISAS MAS ISSO SÓ É FASE VAI PASSAS
É ISSO FÁS ALEGRIA EM NÓS

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Adolescente e a familia

O Adolescente e a Família
The Adolescent and the Family
Maria José Paro Forte1
Serviço Social do Instituto da Criança do HC FMUSP
Unitermos: Adolescente, Família, Relacionamento familiar, Atuação do assistente social
Keywords: Adolescent, Family, Family relationship, Social worker role
1 - Supervisora da Divisão de Serviço Social do Instituto da Criança, Assistente Social da Unidade de Adolescentes do Instituto da Criança.
RESUMO
A família, em nossa sociedade, é o primeiro
agente socializador da criança e do adolescente.
As características da família têm influência direta
nas características do adolescente (nivel interno e
relacionamento com o meio externo). A sociedade
oferece um modelo de família (família pensada),
mas as famílias vão estabelecendo um
modo de viver cotidiano (família vivida). Cada
família tem sua especificidade e esta deve ser considerada
em todo trabalho envolvendo famílias.
No geral, o adolescente é parte integrante do sistema
familiar; portanto, a família deve ser considerada
e trabalhada no atendimento de adolescentes.
O relacionamento estabelecido entre
família e adolescente está na dependência do
posicionamento dos pais frente ao processo adolescente
dos filhos. O artigo cita exemplos de
falas de adolescentes sobre o relacionamento
estabelecido com a família, especialmente os pais.
Percebe-se a necessidade de que haja conhecimento
e compreensão sobre as características do
processo adolescente para que o relacionamento
seja harmonioso e facilitador da vivência do
processo adolescente.
No atendimento de adolescentes, o assistente
social deve atuar na linha de orientação com
adolescentes e/ou família, enfocando a adolescência,
o relacionamento familiar e o relacionamento
mais amplo com a sociedade.
Introdução
O Estatuto da Criança e do Adolescente2, em seu
Capítulo III, Seção I, artigo 19, estabelece: "Toda criança
ou adolescente tem direito a ser criado e educado
no seio da sua família e, excepcionalmente em
família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária..." De acordo com o E.C.A., a família é
revestida de deveres e factível de ser punida. Ao mesmo
tempo, todas as medidas de proteção reforçam o
vínculo familiar como primeiro e fundamental no desenvolvimento
da criança e do adolescente.
A Família como Agente Socializador
O E.C.A. vem de encontro ao posicionamento da
nossa sociedade atual, que enfatiza a família como a
primeira instituição socializadora da criança. Segundo
Lane7: "A introdução do homem na sociedade é realizada
pela socialização, inicialmente a primária e, posteriormente
a secundária. Na nossa sociedade, a socialização
primária ocorre dentro da família, e os aspectos
internalizados serão aqueles decorrentes da inserção
da família numa classe social, através da percepção
que seus pais possuem do mundo, e do
próprio caráter institucional da família..."
Os mecanismos de socialização são estruturalmente
engendrados e definidos. O processo de socialização
só pode ser tratado como um processo evolutivo
da condição social da criança, considerando-se sua
origem de classe.
Como a família é a primeira instituição socializadora
da criança, é ela que desempenha o papel de organizadora
primária da sociabilidade e da sexualidade,
bem como dos laços de dependência emocional entre
seus membros. Na dependência das características da
família é que vão surgir determinadas características
do adolescente, considerando-se estas não só no nível
interno do adolescente, mas também no nível de seu

terça-feira, 20 de abril de 2010


O namoro é o tipo de relacionamento capaz de modificar a vida de uma pessoa, ou seja, quando nos envolvemos amorosamente com alguém estamos firmando um compromisso e cultivando um sentimento especial pelo outro. Esse tipo de relação começa a despertar interesse durante a adolescência.

O adolescente é um ser inconstante, ele faz uma busca contínua para tentar encontrar sua verdadeira identidade e também vive intensamente as novas experiências. É nessa fase que damos o primeiro beijo e alguns até iniciam uma vida sexual. O namoro é algo comum para os jovens, mas ele tem perdido o valor na “Era do Ficar”.

As pessoas costumam viver o primeiro amor na adolescência, esse sentimento é puro e nunca mais na vida será capaz de se repetir. Entretanto, dificilmente essa relação se estende por muito tempo, a idade não permite um compromisso tão rigoroso e longo. Apesar disso, as lembranças se eternizam para sempre na memória.
É muito difícil você encontrar alguém que nunca amou na adolescência, pois é a época que nós mesmos nos conhecemos melhor e acompanhamos nossas mudanças tanto físicas quanto mentais, sendo que ter aquelas ficadas atrás da igreja, beijinhos no intervalo, programas de final de semana com sua amada e amigos não tem dinheiro que pague.
Ser amado e amar é uma das coisas mais implorantes na adolescência, sendo que muitos tem dificuldade em encontrar sua cara metade graças a timidez, mas atualmente este fator está se tornando cada vez mais raro por causa do ficar, pois ficar por ficar, sem compromisso é melhor ainda, mas não substitui o grande amor

O namoro é o tipo de relacionamento capaz de modificar a vida de uma pessoa, ou seja, quando nos envolvemos amorosamente com alguém estamos firmando um compromisso e cultivando um sentimento especial pelo outro. Esse tipo de relação começa a despertar interesse durante a adolescência.
O adolescente é um ser inconstante, ele faz uma busca contínua para tentar encontrar sua verdadeira identidade e também vive intensamente as novas experiências. É nessa fase que damos o primeiro beijo e alguns até iniciam uma vida sexual. O namoro é algo comum para os jovens, mas ele tem perdido o valor na “Era do Ficar”.
As pessoas costumam viver o primeiro amor na adolescência, esse sentimento é puro e nunca mais na vida será capaz de se repetir. Entretanto, dificilmente essa relação se estende por muito tempo, a idade não permite um compromisso tão rigoroso e longo. Apesar disso, as lembranças se eternizam para sempre na memória.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Adolescência
Dayanna Daize
Criança não quer mais ser.
Sua vida mudou da noite ao amanhecer.
A infância passou de seus olhos, ligeiramente...
E hoje vive a idade das flores.
Agora, no seu jardim da existência nasce a flor da maturidade, da responsabilidade e do sonho de um futuro melhor.
Em seus corações duvidosos, preocupados com seus sonhos, há dúvidas:

"Tudo aquilo que idealizei há de se concretizar um dia?"
É neste momento que desponta dentro de você o início de uma fase de cristal, de cristal porque brilha e apresenta-se muito frágil.
Basta, agora um tropeço, uma quebra, se fragmente.
Esta queda pode mudar toda história de sua vida, tudo o que Deus idealizou um dia.
Adolescente, esteja atento!
A parti de agora começam as maiores e mais importantes decisões da sua vida, decisões que, se tomadas precipitadamente, podem comprometer totalmente o seu futuro.
Coloque seus sonhos à disposição de Deus, com certeza, os que forem melhores para você Ele permitirá que se tornem real.

adolescêscia a fase do desenvolvimento

Adolescência é a fase do desenvolvimento humano que marca a transição entre a infância e a idade adulta. Com isso essa fase caracteriza-se por alterações em diversos níveis - físico, mental e social - e representa para o indivíduo um processo de distanciamento de formas de comportamento e privilégios típicos da infância e de aquisição de características e competências que o capacitem a assumir os deveres e papéis sociais do adulto[1].

Os termos "adolescência" e "juventude" são por vezes usados como sinônimos (como em alemão Jugend e Adoleszenz[1], inglês Youth e Adolescence), por vezes como duas fases distintas mas que se sobrepõem: para Steinberg a adolescência se estende aproximadamente do 11 aos 21 anos de vida[2], enquanto a ONU define juventude (ing. youth) como a fase entre 15 e 24 anos de idade - sendo que ela deixa aberta a possibilidade de diferentes nações definirem o termo de outra maneira [3]; a Organização Mundial da Saúde define adolescente como o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade[carece de fontes?] e, no Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ainda outra faixa etária - dos doze aos dezoito anos[4]. Além disso Oerter e Montada decrevem uma "idade adulta inicial" (al. frühes Erwachsenenalter) que vai dos 18 aos 29 anos e que se sobrepõem às definições de "juventude" apresentadas. Como quer que seja, é importante salientar que "adolescência" é um termo geralmente utilizado em um contexto científico com relação ao processo de desenvolvimento bio-psico-social[1]. Como mais adiante se verá, o fim da adolescência não é marcado por mudanças de ordem fisiológica, mas sobretudo de ordem sócio-cultural; o presente artigo se dedica assim à adolescência em sentido restrito, tomando a idade da maioridade civil - 18 anos - como fim.